Prólogo, Prefácio, Epílogo e Posfácio, o que são?
Diariamente nos deparamos com termos que não fazemos a mínima ideia do que são e para que servem. Esse é o caso do prólogo, prefácio, epílogo e posfácio. Sabemos que existem, mas não temos ideia do que exatamente são, por isso cá estamos.
Sabemos que dentro do que chamamos de “recheio” da obra, existem elementos que a compõem e colaboram para uma compreensão mais ampla da história em si. Esses elementos têm funções distintas uns dos outros, e servem para dar uma característica a mais para o recheio como um todo.
Agora, aperte o cinto e simbora!!
Prólogo
O prólogo sempre será apresentado antes do primeiro capítulo. E, embora nem toda obra faça uso desse elemento — o que é completamente normal —, ele é fundamental para a apresentação do universo em que seremos inseridos.
Algumas pessoas, erroneamente, colocam como prólogo todo primeiro texto apresentado na obra. Talvez porque pensam que não há uma diferença entre o primeiro capítulo e o prólogo. Mas acredite se quiser, são diferentes!
O que chamamos de prólogo necessariamente não é o início da história. Pode ser o meio, ou, quem sabe, o final dela. Confuso, né? Vamos veja só.
O prólogo é usado, em sua maioria, para inserir o leitor no universo. Ele expõe fatos e acontecimentos presentes na obra. Por exemplo: uma obra que se passa após um acontecimento de quase fim do mundo. Uma obra pós-apocalíptica.
Para colocarmos o leitor na história, podemos apresentar esse apocalipse, como começou, as consequências e como chegou até o momento atual da história.
Essas informações, são fundamentais para a história como um todo, dão um chão para que o leitor possa caminhar mais seguramente pela história. Isso é o que acontece no prólogo de Venante, do escritor Rose Kethen.
Outra forma interessante é usar o prólogo como migalhas do que se pode esperar da história. Sendo muito mais focado em instigar a curiosidade do leitor do que contextualizar a história. Podemos ver isso no prólogo de A Criança do Fim do Mundo, do escritor Halk.
No mais, o prólogo não implica em revelar detalhes de sua essência, mas sim preparar o leitor para o universo no qual irá mergulhar através da leitura. Isso faz com que essa parte da história não seja obrigatória.
Prefácio
Muitas vezes confundido com o prólogo, o prefácio é algo que vem antes de tudo. Ele não faz parte dos acontecimentos da história. Quase como se fossem anotações.
Ele serve para dar uma introdução sobre a história no geral. Será a opinião, pontuação de algo relacionado à história. Pode servir para compartilhar os sentimentos, dificuldades, aspirações… que o leitor deseja compartilhar.
No entanto, o prefácio não necessariamente precisa ser escrito pelo próprio autor. Isso quer dizer que um escritor convidado pode ler a obra obviamente antes de sua publicação, e assim pontuar suas anotações sobre os pontos fortes do livro.
É comum também alguns prefácios serem escritos por tradutores ou organizadores de livros responsáveis pelo conteúdo.
Epílogo
Já se perguntou o que acontece com os personagens, com o mundo, quando a história acaba? Pois bem, é no epílogo que mora essas respostas.
Trata-se de um recurso utilizado para desfecho, sendo bastante útil quando não é possível deixar todas as pontas amarradinhas no último parágrafo, por exemplo.
Também é usado para projetar o futuro dos personagens ou dar voz a um deles, revelando seus sentimentos a partir dos acontecimentos narrados.
Algumas vezes, essa parte não servirá apenas como uma explicação do futuro da obra, mas também como um gancho para uma possível continuação.
Posfácio
Assim como o prefácio, o posfácio virá depois de toda a obra. Um adendo, uma explicação no encerramento final da história que pode ser escrito tanto pelo autor, como por outra pessoa.
O posfácio, porém, é desnecessário quando já existe um prefácio. Hoje em dia, é difícil encontrar alguma obra com posfácio por que o prefácio é mais utilizado.
Interlúdio
O interlúdio é utilizado para descrever um intervalo ou pausa entre duas partes de uma obra ou evento.
Na escrita, serve como um recurso para interromper a narrativa principal e apresentar uma história ou evento paralelo. Pode ser utilizado para fornecer informações adicionais sobre os personagens, explorar subtramas ou criar suspense.
Pode ser apresentado como um capítulo separado, uma seção destacada ou até mesmo como uma história dentro da história. É uma forma de quebrar a linearidade da narrativa e adicionar camadas de complexidade ao enredo.
E, ai? Conseguiu entender para que cada partezinha serve? Não pode mais errar!